sábado, maio 06, 2006

O INFINITO

O Infinito

Aonde o corpo não vai __ projecta-se o olhar;
Onde pára o olhar _- prossegue o pensamento;
Assim, n'esse constante, eterno caminhar,
Ascendemos do pó, momento por momento.

Muito além da atmosfera e além do firmamento
Onde os astros, os sóis, não cessam de girar,
Há de certo mais vida e muito mais alento
Do que nesta prisão mefitíca, sem ar...

Pois bem ! se não me é dado, em vigoroso adejo,
Subir, subir... subir __ aos mundos, que não vejo,
Porém que um não sei quê me diz que inda hei-de vir,

__ Quero despedaçar os elos da matéria:
Perder-me pelo azul da vastidão etérea...
E ser o que só é quem já deixou de ser !

Mucio Teixeira
(brasileiro)

4 Comments:

Blogger Menina Marota said...

Gostei imenso deste Soneto...

Não conhecia o autor, vou procurar conhecê-lo melhor.

Um abraço e grata pela partilha ;)

11:53 da manhã  
Blogger Su said...

gostei de ler
jocas maradas

10:19 da tarde  
Blogger Luna said...

E ser o que só é quem já deixou de ser !

Esta parte esta maravilhosa, e mostra-nos toda a elevação para irmos de encontro ao nosso " Ser"
beijos

11:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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3:02 da tarde  

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