HORA EXTREMA
Não choreis os que morrem! São forçados
Que, partindo os grilhões da geena escura,
Largam enfim libertos, descansados,
Em busca do Castelo da Ventura.
Os que ficam são como desterrados
N'uma ilha de luto e de amargura.
Da morte os longos braços regelados
Tem mais encanto e bem mais doçura.
Não há no mundo hora mais sentida
Do que essa em que se apaga a luz da vida
N'um tremulante e rápido clarão.
Eu te saúdo e espero e te requeiro,
Hora augusta do Transe Derradeiro,
Hora suprema de libertação.
Campos Monteiro
Que, partindo os grilhões da geena escura,
Largam enfim libertos, descansados,
Em busca do Castelo da Ventura.
Os que ficam são como desterrados
N'uma ilha de luto e de amargura.
Da morte os longos braços regelados
Tem mais encanto e bem mais doçura.
Não há no mundo hora mais sentida
Do que essa em que se apaga a luz da vida
N'um tremulante e rápido clarão.
Eu te saúdo e espero e te requeiro,
Hora augusta do Transe Derradeiro,
Hora suprema de libertação.
Campos Monteiro
35 Comments:
olá
o soneto é bonito, não conhecia.
beij
Quanto pessimismo e desepero. Celebra a alegria da vida, tira tudo o que ela te dáo, que é sempre muito, nós ás vezes é que andamos distraídos. Abraço
Hola, Manuel. Precioso poema, al igual que el de Shakespeare que lo antecede. Es un enorme placer visitarte.
Te dejo un beso grande y mis mejores deseos para vos.
Apressadamente votos de um bom fim de semana
Li um comentário seu num blog comum e vim espreitar:).
Sinceramente não fiquei elucidada, ás vezes acho que se perde demasiado tempo a transcrever!
Fique bem!
Um lindo soneto, realmente!
Obrigada por trazê-lo...
Beijos de luz!
É essa dor que dilacera
quando não mais se pode ver
os que aqui viveram em nós
E se há outra vida à nossa espera
e que iremos ela viver
por certo será de novo entre vós
Tem um ótimo final de semana
Um beijo
O SONETO É BELO.
HORA EXTREMA...NOSSO CORTE.
BEIJOS BOA SEMANA.
IUNES BATISTA DOS SANTOS
sentido poema! não conhecia.
este pode ser p`lo Portugal d`hoje, no que está a causar insatisfação ...certo?!
deixo-lhe para amenizar
http://br.youtube.com/watch?v=lqfZ8PJ4bKk
bom fim-de-semana
um sorriso :)
sentido pema! não conhecia.
este pode ser p`lo Portugal d`hoje, no que está a causar insatisfação ...certo?!
deixo-lhe para amenizar
http://br.youtube.com/watch?v=lqfZ8PJ4bKk
bom fim-de-semana
um sorriso :)
Oie lindo! De fato é um belo poema, mas de uma tristeza infinita!
Bom fim de semana! Beijos
não é fácil não chorar os k morrem... penso eu... podemos mantê-los vivos na nossa lembrança, mas não deitar uma lágrima... não consigo...pelo menos eu...
Esse poema espelha a minha atual condição. Obrigada, Manuel, pela presença em meu blog, nesse momento de quimioterapia, que é o próprio inferno. Só posso retribuir a meu modo. Enquanto fico de resguardo, fiz um novo post, As pontes de Madison. Apareça:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Um beijo,
Rê
A morte, mistério maior, indecifrável, contundente, inexorável...
Beijinho, e obrigada pelo comentário no meu blog.
Indio Juan, (poeta y rapsoda argentino) decía en uno de sus poemas
(...)
Cuando yo me muera, niña
que mi tumba sea tumba
de tu tristeza...
(...)
abrazo,
fantastica a sua escrita
participe tb em www.luso-poemas.net
não gosto de contrariar
muito menos os poetas
e as suas poesias...
além disso, este é muito bonito e sentido
abraço e fica bem, manuel
Bonito soneto. Confesso que não conhecia.
Um abraço e bom fim de semana
Soneto triste como a hora que celebra.
Contigo vou descobrindo poetas que não conhecia.
Um beijo.
que incrível poder escrever algo tão formoso sobre a morte, sabendo que no fundo lhe temenos e nos doói
deixo suaves carícias
Olá,
Chegou a atura de eu tirar umas férias :O)))
Entretanto deixei, no meu blog, um “presente” para todos os meus amigos. Espero que gostem!
Tudo de bom para ti.
Beijinhos e até breve.
;O)
CHORAMOS OS QUE MORREM PELAS SAUDADES QUE NOS DEIXAM.
CHORAMOS OS VIVOS QUE MORREM DAS NOSSAS VIDAS TAMBÉM POR SAUDADES DELES.
NO FUNDO, ACHO QUE SOFREMOS E CHORAMOS POR NOS MESMOS.
BJ.
quando leio poesia sempre me lembro do pensamento do poeta: o poeta é um fingidor...
La muerte, esa extrañada señora que nos espera en algún rincón de la vida. Abrazos.
la muerte es la ausencia y el luto que se cargara con mucho dolor
pero tambien es el momento que el alma se libera para siempre del cuerpo
me gusto mucho este poema, solo que es de pena
besitos amigo y que estes muy bien, un abrazo muy grande y muchos cariños
besos y sueños
Hola, es un poema hermoso, pase a saludarte leerte y dejarte un beso, cuidate, tienes un lindo blog.
...sim, uma forma de libertação também
beijos
Belo belo soneto. Apesar de todas as angustias expostas.
Belo e profundo poema.
Feliz semana.
No meu estado atual entre vida e morte, não consegui chegar ao fim da leitura desse sonteo, que deve ser muito bela. Preciso de força, no que os amigos da Blogosfera podem ajudar. Acordei bem hj, apesar da químio, e fiz uma resenha sobre o filme "A Outra" em cartaz em Sâo Paulo. Como não posso sair de casa, importei-o. Trata-se da história do triângulo amoroso entre Henrique VIII, Ana Bolena e a irmã desta, Maria. Apareça aqui:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um beijo,
Rê
Lá vc encontrará um soneto meu
un lindo y profundo poema, Manuel...
siempre hay liberación.
saludos con sonrisa,
muito bom, muito bom, lindo.É bom vir aqui em seu blog
Para mim é quase impossivel não ficar triste quando alguem querido parte para essa looooonga viagem!
Dói demais...
Gostei dos versos!
Beijo
=)
Que coisa mais linda.
fiz postagem nova, apareça por lá, será muito bem vindo.Um abraço
É grande a dor dos que ficam. Acabei de vir de uma missa de 7° dia, acredita?
Bonito poema, como sempre.
Grande beijo
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