sexta-feira, julho 04, 2008

HORA EXTREMA

Não choreis os que morrem! São forçados
Que, partindo os grilhões da geena escura,
Largam enfim libertos, descansados,
Em busca do Castelo da Ventura.

Os que ficam são como desterrados
N'uma ilha de luto e de amargura.
Da morte os longos braços regelados
Tem mais encanto e bem mais doçura.

Não há no mundo hora mais sentida
Do que essa em que se apaga a luz da vida
N'um tremulante e rápido clarão.

Eu te saúdo e espero e te requeiro,
Hora augusta do Transe Derradeiro,
Hora suprema de libertação.

Campos Monteiro

35 Comments:

Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

olá

o soneto é bonito, não conhecia.

beij

8:33 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quanto pessimismo e desepero. Celebra a alegria da vida, tira tudo o que ela te dáo, que é sempre muito, nós ás vezes é que andamos distraídos. Abraço

9:01 da manhã  
Blogger Raquel Graciela Fernández said...

Hola, Manuel. Precioso poema, al igual que el de Shakespeare que lo antecede. Es un enorme placer visitarte.
Te dejo un beso grande y mis mejores deseos para vos.

12:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Apressadamente votos de um bom fim de semana

7:25 da tarde  
Blogger alexia said...

Li um comentário seu num blog comum e vim espreitar:).
Sinceramente não fiquei elucidada, ás vezes acho que se perde demasiado tempo a transcrever!
Fique bem!

9:33 da tarde  
Blogger mundo azul said...

Um lindo soneto, realmente!
Obrigada por trazê-lo...
Beijos de luz!

11:42 da tarde  
Blogger Menina do Rio said...

É essa dor que dilacera
quando não mais se pode ver
os que aqui viveram em nós

E se há outra vida à nossa espera
e que iremos ela viver
por certo será de novo entre vós

Tem um ótimo final de semana

Um beijo

12:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O SONETO É BELO.
HORA EXTREMA...NOSSO CORTE.
BEIJOS BOA SEMANA.
IUNES BATISTA DOS SANTOS

1:05 da manhã  
Blogger mariam [Maria Martins] said...

sentido poema! não conhecia.

este pode ser p`lo Portugal d`hoje, no que está a causar insatisfação ...certo?!

deixo-lhe para amenizar
http://br.youtube.com/watch?v=lqfZ8PJ4bKk


bom fim-de-semana
um sorriso :)

1:10 da manhã  
Blogger mariam [Maria Martins] said...

sentido pema! não conhecia.

este pode ser p`lo Portugal d`hoje, no que está a causar insatisfação ...certo?!

deixo-lhe para amenizar
http://br.youtube.com/watch?v=lqfZ8PJ4bKk


bom fim-de-semana
um sorriso :)

1:16 da manhã  
Blogger Lúcia Laborda said...

Oie lindo! De fato é um belo poema, mas de uma tristeza infinita!
Bom fim de semana! Beijos

2:03 da manhã  
Blogger karla said...

não é fácil não chorar os k morrem... penso eu... podemos mantê-los vivos na nossa lembrança, mas não deitar uma lágrima... não consigo...pelo menos eu...

2:36 da manhã  
Blogger RENATA CORDEIRO said...

Esse poema espelha a minha atual condição. Obrigada, Manuel, pela presença em meu blog, nesse momento de quimioterapia, que é o próprio inferno. Só posso retribuir a meu modo. Enquanto fico de resguardo, fiz um novo post, As pontes de Madison. Apareça:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Um beijo,

2:45 da manhã  
Blogger Betty Vernieri said...

A morte, mistério maior, indecifrável, contundente, inexorável...

Beijinho, e obrigada pelo comentário no meu blog.

4:58 da manhã  
Blogger Marina Culubret Alsina said...

Indio Juan, (poeta y rapsoda argentino) decía en uno de sus poemas

(...)
Cuando yo me muera, niña
que mi tumba sea tumba
de tu tristeza...
(...)


abrazo,

7:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

fantastica a sua escrita
participe tb em www.luso-poemas.net

5:48 da tarde  
Blogger pin gente said...

não gosto de contrariar

muito menos os poetas
e as suas poesias...
além disso, este é muito bonito e sentido

abraço e fica bem, manuel

11:41 da tarde  
Blogger Elvira Carvalho said...

Bonito soneto. Confesso que não conhecia.
Um abraço e bom fim de semana

12:58 da manhã  
Blogger Ana said...

Soneto triste como a hora que celebra.

Contigo vou descobrindo poetas que não conhecia.
Um beijo.

2:43 da manhã  
Blogger SUAVE CARICIA said...

que incrível poder escrever algo tão formoso sobre a morte, sabendo que no fundo lhe temenos e nos doói

deixo suaves carícias

5:55 da manhã  
Blogger Lyra said...

Olá,

Chegou a atura de eu tirar umas férias :O)))

Entretanto deixei, no meu blog, um “presente” para todos os meus amigos. Espero que gostem!

Tudo de bom para ti.

Beijinhos e até breve.

;O)

10:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

CHORAMOS OS QUE MORREM PELAS SAUDADES QUE NOS DEIXAM.
CHORAMOS OS VIVOS QUE MORREM DAS NOSSAS VIDAS TAMBÉM POR SAUDADES DELES.
NO FUNDO, ACHO QUE SOFREMOS E CHORAMOS POR NOS MESMOS.

BJ.

11:41 da manhã  
Blogger pentelho real said...

quando leio poesia sempre me lembro do pensamento do poeta: o poeta é um fingidor...

12:39 da tarde  
Blogger fgiucich said...

La muerte, esa extrañada señora que nos espera en algún rincón de la vida. Abrazos.

4:15 da tarde  
Blogger Verena Sánchez Doering said...

la muerte es la ausencia y el luto que se cargara con mucho dolor
pero tambien es el momento que el alma se libera para siempre del cuerpo
me gusto mucho este poema, solo que es de pena
besitos amigo y que estes muy bien, un abrazo muy grande y muchos cariños


besos y sueños

12:04 da manhã  
Blogger Sandra Figueroa said...

Hola, es un poema hermoso, pase a saludarte leerte y dejarte un beso, cuidate, tienes un lindo blog.

6:45 da manhã  
Blogger Carla said...

...sim, uma forma de libertação também
beijos

12:45 da tarde  
Blogger Alessandra Castro said...

Belo belo soneto. Apesar de todas as angustias expostas.

5:22 da tarde  
Blogger São said...

Belo e profundo poema.
Feliz semana.

7:37 da tarde  
Blogger RENATA CORDEIRO said...

No meu estado atual entre vida e morte, não consegui chegar ao fim da leitura desse sonteo, que deve ser muito bela. Preciso de força, no que os amigos da Blogosfera podem ajudar. Acordei bem hj, apesar da químio, e fiz uma resenha sobre o filme "A Outra" em cartaz em Sâo Paulo. Como não posso sair de casa, importei-o. Trata-se da história do triângulo amoroso entre Henrique VIII, Ana Bolena e a irmã desta, Maria. Apareça aqui:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um beijo,

Lá vc encontrará um soneto meu

9:02 da tarde  
Blogger Marina Culubret Alsina said...

un lindo y profundo poema, Manuel...
siempre hay liberación.

saludos con sonrisa,

10:18 da tarde  
Blogger meus instantes e momentos said...

muito bom, muito bom, lindo.É bom vir aqui em seu blog

8:22 da manhã  
Blogger Camila said...

Para mim é quase impossivel não ficar triste quando alguem querido parte para essa looooonga viagem!
Dói demais...
Gostei dos versos!
Beijo
=)

11:23 da manhã  
Blogger MARTHA THORMAN VON MADERS said...

Que coisa mais linda.
fiz postagem nova, apareça por lá, será muito bem vindo.Um abraço

3:19 da tarde  
Blogger SAM said...

É grande a dor dos que ficam. Acabei de vir de uma missa de 7° dia, acredita?

Bonito poema, como sempre.

Grande beijo

2:45 da manhã  

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