"A LUÍS GUIMARÃES"
SONETO
Teu livro evoca em nós esse alabastro
branco das rosas brancas! Os poetas
bebem nele os clarões lunares dum astro
mais as fúrias do Amor __ deus d'armas pretas.
Versos há que se elevam como o mastro
dum navio: outros cheiram violetas:
outros chispam, rasgando um sulco e um rastro
como as caudas de fogo dos cometas.
Teu estro, esse corcel em que cavalgas,
calca nuvens, e sóis, rochas, e algas
fosforescentes... Tem clarões de mar.
Mas, também lembra o raio e os cemitérios
que torcem ramos negros. Diz mistérios.
Lembra as florestas quando vão chorar.
Gomes Leal
1848-1921
Teu livro evoca em nós esse alabastro
branco das rosas brancas! Os poetas
bebem nele os clarões lunares dum astro
mais as fúrias do Amor __ deus d'armas pretas.
Versos há que se elevam como o mastro
dum navio: outros cheiram violetas:
outros chispam, rasgando um sulco e um rastro
como as caudas de fogo dos cometas.
Teu estro, esse corcel em que cavalgas,
calca nuvens, e sóis, rochas, e algas
fosforescentes... Tem clarões de mar.
Mas, também lembra o raio e os cemitérios
que torcem ramos negros. Diz mistérios.
Lembra as florestas quando vão chorar.
Gomes Leal
1848-1921
5 Comments:
Bela escolha!
Beijos para ti!
Manuel, adorei esses versos porque gosto muito do estilo parnasiano.
E os versos são realmente muito bonitos.
Obrigada.
beijos
Os sonetos que nos trazes são sempre líndissimos.
Beijinhos
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