SENTENÇAS
Ai de quem ria e não
tente
Sair da sua alegria
!
É destino da
serpente,
Do verme que anda
contente
Sem procurar ver o
dia.
Dura a vida enquanto
dura
O bater do coração.
Semeia, moço a
ventura
Que essa mesma, com
fartura
Colherás com tua
mão.
Semear _ verbo que
encerra
O dever de toda a gente
!
Há sempre um canto de
terra
Quer no vale, quer na
serra
Adonde caiba a
semente...
Ouve o Amor _ o que ele
diz
_ Seja a tua
companheira
A abençoada raiz
Do teu lar que é o teu
país:
_ Faz do Amor tua fronteira
!
Planta mais, se já
plantaste,
Desde novo até
velhinho;
Quando nasceste
encontraste
Tanta fruta em tanta
haste,
Tanta sombra em teu caminho
!
Cala a voz do
sentimento
Quando não for de
bonança,
Palavras leva-as o
vento,
Mas volta a todo o
momento
Seu eco à nossa
lembrança.
Toda a ventura é
singela
Navega no mar do Mundo
!
Navega ! Olha o barco à
vela
A deslizar na água
bela...
E o mar alto não tem fundo
!
És como a barca esquecida
:
Ditoso, porque não
sondas.
Se é profundo o mar da
vida
E a altura
desconhecida
Que anda por baixo das ondas
!
Pedro Homem de
Melo
1904 -
1964
3 Comments:
Je viens te dire bonjour
j'étais dehors en train de regarder les oiseaux
il fait beau donc oui l'en profite
bise
Bonjour Manuel !
Encore un beau poème .
Merci pour tes visites.
Amicalement Mamé
bem ao estilo do Pedro Homem de Melo...
:)
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