sábado, fevereiro 08, 2014

REFLEXÃO

Quanto mais me interrogo, dou comigo
A negar a resposta ao que pergunto.
No pouco da verdade que persigo
O pouco é quase muito.
    
No instante em que resumo a vida inteira
Vejo com mágoa a terra semeada:
No tudo que colhi da sementeira
O tudo é quase nada.
    
Se me lanço no mar, bebo coragem
No turbilhão de espuma: não rejeito
A minha condição de ser a imagem
Do náufrago perfeito.
    
E por isso resisto às ondas bravas:
Não é branca a bandeira que eu agito.
No silêncio da noite sem palavras
O silêncio é um grito.
    
É som que me magoa e me deslumbra:
Tinge de esperança a noite enegrecida.
Na morte que cintila na penumbra
A morte é quase vida.
    
                Fernando Vieira

4 Comments:

Blogger catarina said...

muito obrigada, parece que a felicidade voltou :)
"negar ao que me pergunto" adoro

10:35 da manhã  
Blogger ✿France✿ said...

Je te souhaite une belle soirée
J'espère que tu va bien bise

5:57 da tarde  
Blogger tulipa said...


OLÁ MANUEL

Obrigado pela partilha de

tão belas palavras.

Obrigado pelo seu Olhar!

teve início o meu "ano sabático"
veremos se consigo
ter mais algum tempo
para visitar os blogues
dos amigos;

no "Momentos Perfeitos"
faço uma retrospectiva de 2013,

alguém que visitou
deixou este comentário:
agradecer a Deus o melhor momento de 2013 é por si só um ato de humildade superior!

é bom ler aquilo que nos enche a alma

E a cada passo que dou
uma nova surpresa.

Criei um novo espaço denominado "Ano Sabático" se quiser espreitar

Ando encontrando coisas lindas pelo caminho...
E há quem chame isso de sorte ou de destino.

Um beijo.

7:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

(•̃‿•̃) Bonjour Manuel !!!

MERCI pour ce beau partage !
Grosses bises et bonne continuation !!!

3:24 da manhã  

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