CANÇÃO AMARGA
Cavalo alado, perdido
em labirintos de estrelas:
longos caminhos de espanto,
desnudos aos quatro ventos,
fome de pura volúpia,
sede de bruma e silêncio.
Entre meus dedos trançados,
floriu o hibisco vermelho;
por ele troquei a flor
amarga do limoeiro,
olor de terra molhada,
aromas castos de feno;
deixei a saia rodada
pela túnica de efebo,
cravei agudo pinhal
na raiz do meu desejo __
por um amor desumano,
Sem razão, sem fim, nem sexo.
Maria Manuela Couto Viana
em labirintos de estrelas:
longos caminhos de espanto,
desnudos aos quatro ventos,
fome de pura volúpia,
sede de bruma e silêncio.
Entre meus dedos trançados,
floriu o hibisco vermelho;
por ele troquei a flor
amarga do limoeiro,
olor de terra molhada,
aromas castos de feno;
deixei a saia rodada
pela túnica de efebo,
cravei agudo pinhal
na raiz do meu desejo __
por um amor desumano,
Sem razão, sem fim, nem sexo.
Maria Manuela Couto Viana
2 Comments:
Meu amigo
Um poema que adorei ler, não conhecia a poeta, mas escreve com muita profundidade.
Agradeço a visita e deixo um beijinho.
Sonhadora
Simplesmente fantástico.
Permite uma leitura de prazer.
Gostei a valer.
Beijinho da Gota e bom fim de semana
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