segunda-feira, dezembro 28, 2009

COMO A ABELHA

Vivemos,
convivemos.
Conhecemos a beleza que não morre
e decorre
do saber,
do sentir
o sentido da vida
bem vivida;
e a tristeza
de não ver,
não descobrir
a beleza
a viver
nessa senda percorrida.

Colhe o fruto do dia que passa.
Vive o futuro no dia presente.
Pensa que o teu amanhã
será o que for o teu hoje.
E acredita que o futuro
escuro
é sempre mais longo que o presente,
mas também mais incerto
e ainda mais incerto
se o dia de hoje
for sombra que passa
ou pétala que solta,
aragem que sopra
ou rio que corre,
som que se esvai
ou luz que se apaga,
sem nada deixar da sua presença.

Procura ser como a abelha
que goza o perfume das flores
e descobre as suas cores;
e, como ela, procura escolher
e colher
a cera luzídia
que ilumina a noite do teu dia
e o mel
que adoça o fel
e o amargor
da tua dor.

Só assim vencerás o tempo,
sem pensar no futuro,
firme no presente,
sem ânsias de «amanhã»,
sem saudades de «outrora».

L.S.C.

2 Comments:

Blogger Mare Liberum said...

Um bonito poema, Manuel.Embora o Natal seja quando o homem quiser, este poema enquadra-se na época que atravessamos.
"Pensa que o teu amanhã
será o que for o teu hoje."

E muito poucos são aqueles que assim pensam.

Bem-hajas!

Beijinhos

Bom Ano Novo

8:47 da manhã  
Blogger MAR said...

QUE SEAS INFINITAMENTE FELIZ.
BESOS Y ABRAZOS.
MAR

10:07 da tarde  

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