NEGRUME
De tanto olhar o sol, queimei os olhos.
De tanto amar a vida enlouqueci.
Agora sou no mundo esta negrura,
À procura
Da luz e do juízo que perdi.
Cego, tacteio em vão a claridade;
Louco, cuspo no rosto da razão;
E deambulo assim
Dentro de mim,
Negação a negar a negação.
Miguel Torga
De tanto amar a vida enlouqueci.
Agora sou no mundo esta negrura,
À procura
Da luz e do juízo que perdi.
Cego, tacteio em vão a claridade;
Louco, cuspo no rosto da razão;
E deambulo assim
Dentro de mim,
Negação a negar a negação.
Miguel Torga
13 Comments:
Miguel Torga é sempre uma boa escolha e este poema é muito bonito!
Beijinhos Manuel
Hermoso poema, aunque triste y dramático, querido Manuel, gracias por compartirlo.
que tengas una hermosa semana.
Grande, enorme Torga...que só não foi proposto para o Nobel porque a inveja é a universal doença ibérica, terrível e persistente!!
Salut!
Lindo poema de Miguel Torga.
Você tem bom gosto.
Adorei vir aqui.
1000 beijinhos!
Um poema de Torga que sei de cor. Um poeta que se mede, como ele mesmo dizia, com "um metro de medir coisas inteiras"...
Obrigada pela partilha. Um abraço.
Não conhecia o poeta,
Mas suas palavras aqui, valorizam ainda mais o seu espaço.
Um abraço
Um negrume explêndido!
Beijos de giros.
Bom fim de semana.
Lá está, tudo o que é demais é mau!
Gracias pela visita. Volte quando quiser.
Que boa surpresa encontro aqui: lindos poemas.
Vou "passear" pelo seu blog.
Boa tarde!
Gracias por este dulce y nostálgico poema. Un gusto estar aquí.
Saludos...
Gosto tanto da escrita de Miguel Torga! Obrigada.
:)
Caro Manuel,
Vim retribuir sua visita gentil. Gostei do seu blog, dos belos poemas que publica, principalmente este de Miguel Torga, um dos meus escritores prediletos.
PS - Conheço tua Santarém, onde repousa (em paz?) nosso Cabral...
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