quinta-feira, novembro 20, 2008

MADRIGAL

(a uma crueldade formosa)

A minha bela ingrata
Cabelo de ouro tem, fronte de prata,
De bronze o coração, de aço o peito;
São os olhos luzentes
(Por quem choro e suspiro,
Desfeito em cinza, em lágrimas desfeito),
Celestial safiro;
Os beiços são rubis, perlas os dentes;
A lustrosa garganta
De mármore polido;
A mão de jaspe, de alabastro a planta.
Que muito, pois, Cupido,
Que tenha tal rigor tanta lindeza,
As feições milagrosas,
Para igualar desdéns a formosuras,
De preciosos metais, pedras preciosas,
E de duros metais, de pedras duras?

Jerónimo Baía
1620/1630?? _ 1688

15 Comments:

Blogger ACÍBEL - Blog oficial said...

Adoramos conhecer o seu cantinho!!!Muito bom....
"A Vida é um Combate que aos fracos abate e aos fortes conduz..."

6:20 da tarde  
Blogger Um Momento said...

Bela partilha
Deixo um grande beijo cheio de saudades!

(*)

8:58 da tarde  
Blogger Marysol Salval said...

Te extrañaba, querido amigo.
Sólo pasé para desearte buen tiempo.
Besitos

3:23 da tarde  
Blogger mundo azul said...

Bela descrição da mulher amada!


É bonito o poema!!!


Beijos de luz e o meu carinho...

7:55 da tarde  
Blogger Marina Culubret Alsina said...

precioso poema,
y además...me encantan las piedras! (de todo tipo)

un abrazo soleado,

7:36 da manhã  
Blogger Je Vois La Vie en Vert said...

Oh beleza tão ingrata !

Beijinhos verdinhos

11:08 da tarde  
Blogger Ana Maria said...

Fiquei ausente da blogosfera uns 4 dias. Estou retornando com minhas visitas diárias. Tenha um domingo iluminado!
1000beijinhos!

11:46 da manhã  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

olá

uma boa partilha.

fica um beij

2:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que lindo poema que has publicado, linda página no la conocía y me ha gustado mucho, espero visitarte seguido, te invito cordialmnete a mi blog, saludos y cariños desde Chile.

3:37 da tarde  
Blogger Unknown said...

Agradedendo e retribuindo a visita.

Belo poema, uma descrição fantástica da pessoa amada.

Beijinhos

10:25 da tarde  
Blogger Elvira Carvalho said...

Os poemas antigos, tinham outra sonoridade, não é verdade?
Um abraço e uma boa semana

11:34 da tarde  
Blogger Dalva M. Ferreira said...

Muita preciosidade neste poema! Um abraço daqui do outro lado do grande lago.

3:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Hermoso canto a la mujer comparada con piedras preciosas.

Besitos Manuel ♥

4:03 da tarde  
Blogger Parapeito said...

..Um bonito e melancólico Madrigal...

Gostei****

4:32 da tarde  
Blogger Katina said...

Hay piedras que brillan como las mujeres , cuando sienten el Amor lo irradian a su paso .
Hay otras que desconocen el Amor y se vuelven piedras ,frìas y sin color ni brillo.
Hermoso poema , disculpa mi ingratitud de no haber pasado antes , como fin de año he tenido mil cosas por hacer.
Un tremendo abrazo mi querido amigo.

12:17 da manhã  

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