SUPLICA
O pomba que andais voando,
Já que não tens que fazer,
Vem salvar-me, ave divina ...
Que eu não posso mais sofrer !...
Foi bem feliz a lembrança
De te escolher, pomba qu'rida,
Pois que em ti é bem mer'cida
A profunda confiança
Que, desde muito criança,
Eu te venho dedicando;
Por isso agora, cantando,
Vais conhecer meu pesar,
Trata pois de m'o sanar,
O pomba que andais voando ...
Sabes muito mais do que eu
Bem o sei, não o contesto,
E por isso te requesto
Para ouvir's um pesar meu
E dar's-me um remédio teu
Que termine por vencer
Todo este meu padecer,
Toda esta minha aflição;
Faz-me pois a prescrição ...
Já que não tens que fazer.
Calcula que a mocidade,
Que p'ra muitos é risonha,
Sempre foi, p'ra mim, tristonha,
Sempre foi dura verdade
De toda essa falsidade
Que pelo mundo domina;
Eu nasci co'a triste sina
De sofrer até à morte ...
E para 'squivar-me à sorte,
Vem salvar-me, ave divina ...
Baixa à terra e, sem tardar,
Nas asas concede abrigo
Ao que deseja ir contigo
N'outro mundo descansar ...
E, se o meu corpo pesar,
Não te vás por tal prender !...
Deixa-o cá, a apodrecer,
E leva, somente, a alma
P'ra região pura e calma ...
Que eu não possa mais sofrer.
Carlos de Seixas
Já que não tens que fazer,
Vem salvar-me, ave divina ...
Que eu não posso mais sofrer !...
Foi bem feliz a lembrança
De te escolher, pomba qu'rida,
Pois que em ti é bem mer'cida
A profunda confiança
Que, desde muito criança,
Eu te venho dedicando;
Por isso agora, cantando,
Vais conhecer meu pesar,
Trata pois de m'o sanar,
O pomba que andais voando ...
Sabes muito mais do que eu
Bem o sei, não o contesto,
E por isso te requesto
Para ouvir's um pesar meu
E dar's-me um remédio teu
Que termine por vencer
Todo este meu padecer,
Toda esta minha aflição;
Faz-me pois a prescrição ...
Já que não tens que fazer.
Calcula que a mocidade,
Que p'ra muitos é risonha,
Sempre foi, p'ra mim, tristonha,
Sempre foi dura verdade
De toda essa falsidade
Que pelo mundo domina;
Eu nasci co'a triste sina
De sofrer até à morte ...
E para 'squivar-me à sorte,
Vem salvar-me, ave divina ...
Baixa à terra e, sem tardar,
Nas asas concede abrigo
Ao que deseja ir contigo
N'outro mundo descansar ...
E, se o meu corpo pesar,
Não te vás por tal prender !...
Deixa-o cá, a apodrecer,
E leva, somente, a alma
P'ra região pura e calma ...
Que eu não possa mais sofrer.
Carlos de Seixas
9 Comments:
Manuel!
Sabes que pomba é esta que ele fala? É o Espírito Santo de Deus.
Que poema lindo...
Esta pomba, eu peço diariamente. Seus dons, sua força. E ela dá. Acredita.
Tem lá no Tratos, nos comentários, uma resposta para o teu comentário. Vai lá e dá uma olhadinha.
Deus te abençoe.
beijos
Miriam
Hermoso....bella poesía...me encanta volver aquí y poder leer la poesía que nos regalas.
Un biko enorme Manu!!
Poema muito bonito,muito identificado coma pomba do es+írito Santo,aquele que nos abençoa todas os dias.
Bom fim fim de semana meu amigo Manuel.
Bjs Zita
¡Me encanta! Precioso. He de buscar muchas palabras en el diccionario pero me gusta mucho leer en un idioma que no comprendo del todo. Todo suena más mágico.
Beijos
gosto de vir aqui ler poesia
bom fim de semana manuel.
Muito gira a poesia.
Votos de um excelente fim-de-semana.
Muitos beijinhos
Adoro este poema, todo ele transpira azul, liberdade, sensibilidade.
E tu, não gostas de café.
Não gostas de viagens em cruzeiros.
E de dançar por 48 horas ... seguidas? Lembras-te das maratonas de dança?
Beijinho Manuel
como tu dizes, a felicidade anda por aí.
bom dia, manuel. quero agradecer todos os teus pps e visitas que fazes em silêncio. tens sido uma presença muito agradável. adorei ler aqui carlos seixas. um grande beijinho.
que o sofrimento se vá nas asas vento
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