domingo, maio 13, 2007

SONETILHO

Desde a tal hora de dor,
Fatal hora, noite escura...
Que a pobre mãe, sem calor,
Deplora a sua amargura.

Morreu a 'sp'rança futura,
Que acalentou com fervor.
Jaz ali, na sepultura,
O fruto do seu amor.

Desde então, sempre à tardinha,
Vai, qual perdida avezinha,
Á campa que a faz sofrer...

E beija-lhe a terra dura...
«Aquilo que não tem cura,
Procurai de o esquecer».

Julio Dias Nogueira

14 Comments:

Blogger Azul said...

Dolor y nostalgia unidos en palabras...

Buen fin de semana, y bikos a puños!!

10:34 da tarde  
Blogger Ana said...

Soneto triste, feito de palavras de dor. Desconhecido para mim o poeta. De cada vez que aqui venho uma surpresa. Volto, DE PROPÒSITO, e encontro sempre motivos para não me arrepender.
Um beijo para ti e bom fim de semana.

12:03 da manhã  
Blogger Briseida said...

Feliz domingo, De Propósito.
Un abrazo

12:51 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Oi Manuel,
Gostei muito de seu soneto.
Aproveito para agradecer sua visita em meu blog.
Um ótimo domingo,
Um Abraço
Paulo

2:26 da manhã  
Blogger Amora Silvestre said...

um poeta desconhecido, um bonito poema.
beijinhos

9:08 da manhã  
Blogger Anna Flávia said...

Perfeito!

Beijo!

9:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Triste e nostalgico.

Não conhecia! Obrigado por nos revelares mais um autor!

Um abraço da Mel
www.noitedemel.blogs.sapo.pt

3:26 da tarde  
Blogger Cristina García Desplat said...

Precioso poema.

Me fascina el portugués. Suena mágico.

Te visitaré de vez en cuando.

Besos

7:41 da tarde  
Blogger poeta_silente said...

Manuel!
Percebo que nos três últimos posts usas muito o tema da morte...
Mas não morte para renascimento e, sim, morte com dor. Não vislumbras uma esperança e sim muitas lágrimas.
Na realidade, se olhares para a natureza, a morte sempre é apenas pasagem para um novo estado. A semente não floresce se não morrer. O fruto não se forma se a flor não morrer.
... e, assim, muitas coisas.
Mas, no teu tema, o único elo que fazes com a morte, são as lágrimas.
Pois, caro amigo. As lágrimas são derramadas tanto neste caso como em outros tipos de morte que não incluem a morte física. Casos estes, que na maior parte das vezes, as fazem mais doloridas que se ligadas à uma percepção de morte física, como passagem para algo melhor.
Costumo dizer que a morte espiritual, aquela morte onde não acreditamos que a oração é o "ponto fraco" de Deus, esta dói mais do que qualquer outra. Porque ficamos despidos de qualquer esperança.
Orações não são barganhas... são pedidos dos filhos para seu Pai. Assim como nós, quando éramos crianças e, inclusive agora, se ainda temos nossos pais, pedimos colo e carinho. Morte não é o fim... é o início de algo que não conhecemos, mas que sabemos ser melhor.
Obrigada pelas mensagens enviadas> São lindas, todas.
Meu tempo é q não permite que agradeça a cada uma.
Deus te abençoe, amigo
Saudades.
Miriam

9:01 da tarde  
Blogger Serenidade said...

Soneto que termina de uma forma muito verdadeira e sem a mínima divagação...

Boa semana.

Serenos sorrisos

9:59 da tarde  
Blogger eudesaltosaltos said...

Triste... e n ando pa coisas tristes... mas os ultimos 2 versos sao uma verdd pa tds... kiss

11:06 da tarde  
Blogger pin gente said...

esquecer é o mais difícil de fazer

9:14 da manhã  
Blogger Lusófona said...

«Aquilo que não tem cura,
Procurai de o esquecer».

Nem mais...

Beijinhos e fica bem :)

5:00 da tarde  
Blogger pin gente said...

procura-se... nem sempre se consegue

6:42 da tarde  

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