sábado, março 10, 2007

PLENITUDE


Vem a chama dum grande sentimento
E o coração incrédulo domina.
Não se vê, não se espera, é uma sina,
Que se decide às vezes num momento.

Em vão quer revoltar-se o pensamento,
É mais forte o clarão: tudo ilumina...
Deslumbra, queima, assusta e desatina
Como um incêndio que se ateia ao vento.

O amor, enfim! o amor, tortura imensa!
Mas que em si mesmo encontra a recompensa,
Quando ignorado, ou mal retribuído,

Pois sabe o coração que não se ilude
Buscando no que sente a plenitude,
Embora morra por o ter sentido.


Maria de Carvalho

20 Comments:

Blogger Farinho said...

O amor é uma espada de dois gumes, se é retribuido, é lindo maravilhoso, é felicidade.
se não é retribuido ou perdido, é tristeza, desilusão, infelicidade, mas como se diz por aí, mais vale amar se sofrer do que nunca ter amado.

Beijocas

12:00 da tarde  
Blogger Felipe Fanuel said...

O amor é sempre pleno. Se assim não for, não é amor.

Um abraço, Manuel!

3:17 da tarde  
Blogger Teresa David said...

O Amor pelo lado triste que nos pode transmitir, nesse frémito da inquietação do sempre querer e temor da perda.
Bjs
TD

4:32 da tarde  
Blogger Menina do Rio said...

O amor... Ah! o amor, essa tortura imensa que a si mesmo recompensa!

Manoel, o poema como sempre foi uma escolha perfeita!

Aparece...

Dei-te um beijo e desejos de um bom fim de semana!

5:28 da tarde  
Blogger Juℓi Ribeiro said...

Manoel:

Belíssimo soneto!
Maravilhosos versos!
Quem não sonhou
com a plenitude do amor?
Beijo.*Juli*

9:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostaria de receber a sua opinião sobre o tema proposto no meu novo texto "Cinema - a Sétima arte agoniza". Qdo puder passe por lá. Bom fds

9:55 da tarde  
Blogger eudesaltosaltos said...

Quando acabei de ler a palavra q me ocorreu foi: perturbador. bj

2:29 da tarde  
Blogger Cátia said...

O amor é o que nos faz caminhar... é a chama que nos ilumina o caminho... Lindo poema!

Um beijo

3:11 da tarde  
Blogger Paula Negrão said...

Mais um belo texto! ;D

beijoo

3:43 da tarde  
Blogger Mayte said...

El amor suele ser un arma de doble filo... o abre todas tus esperanzas a flor de piel o mata lentamente.

Un biko fuerte!!

5:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Quando o amor é retribuído é o céu. O amor regeitado é o inferno.

7:31 da tarde  
Blogger Etèria said...

Hermoso texto Manuel y que cierto. El amor aun pudiendo ser tortura en si mismo recompensa aunque duela.

Um beijo calido amigo.

9:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Amor, tantas vezes nos torna triste momentaniamente...Bjca doce

11:36 da tarde  
Blogger MAR said...

AMOR TORTURA ...CLARO EL AMOR SIEMPRE LLEVA SUFRIMIENTO, NO ES QUE YO LO QUIERA ...ES LO QUE SIENTO
UN ABRAZO
MAR

4:06 da manhã  
Blogger MAR said...

Y GRACIAS POR TODAS LAS FOTOGRAFIAS HERMOSAS QUE ME HAS ENVIADO.
CARIÑOS.
MAR

4:07 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vim timidamente espreitar, e fiquei, como imagina, logo satisfeito pelo que vejo e revejo, está tudo conforme os mandamentos do mais fino gosto e qualidade, como manda “a lei”, com poema tão maravilhoso. Quem sabe fazer blogues assim está de parabéns. Óptima semana.

7:25 da manhã  
Blogger Isabel Burriel said...

¿Por qué siempre nos tortura el amor? Ay, qué cansancio...

8:53 da manhã  
Blogger esse said...

É verdade, o amor vem sem pedir licença, quando menos esperamos e demora a ir-se embora...se lhe abrimos a porta. Se o prendemos porém, é o primeiro a saltar a janela e a fugir...Um incompreendido , o amor!...

11:36 da manhã  
Blogger Unknown said...

Lindíssimo poema!
Adorei! Foi um momento de plenitude lê-lo!

Beijinhos

4:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

UMA TENTATIVA



Revolva-se o bom do tempo,
Todo silêncio.
Estanque-se os batimentos dos corações,
As pancadas das águas no fim do mar,
Silencie a abelha em sua arquitetura
Dura, dura.
Clareia e o mundo guisa, e faz barulho.
Quando não se emudece com o teu grito.
Tempo para o silêncio,
Ou de uma trégua
Da comoção de se estar vivo.
Vivo e só.
Morto e vivo, uma contracena,
Mentiras reveladas ao vento. Deus,
Feridas sem o vermelho rubro,
Tampa que não cobre a extinta morada.
De vertentes escorra, repúdio
–Tal como acostumaram a morte.

6:28 da tarde  

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