CEREBRO E CORAÇÃO
CEREBRO E CORAÇÃO
Dizia o coração: «Eternamente,
Eternamente há-de reinar agora
Esta dos sonhos teus nova senhora,
Senhora de tu'alma impenitente».
E o cérebro zombando: «Brevemente,
Como as outras se foram, mar em fóra,
Ela se há-de sumir, se há-de ir embora,
Esquecida também, também ausente».
De novo o coração: «Desce! vem vê-la!
Dize, já viste tão divina estrêla
No firmamento de tu'alma escura?»
E o cérebro por fim: _«Tôdas o eram...
Tôdas... e um dia sem amor morreram,
Como morre, afinal, tôda a ventura!»
Medeiros e Albuquerque (brasileiro)
(texto transcrito, tal qual a grafia original)
Dizia o coração: «Eternamente,
Eternamente há-de reinar agora
Esta dos sonhos teus nova senhora,
Senhora de tu'alma impenitente».
E o cérebro zombando: «Brevemente,
Como as outras se foram, mar em fóra,
Ela se há-de sumir, se há-de ir embora,
Esquecida também, também ausente».
De novo o coração: «Desce! vem vê-la!
Dize, já viste tão divina estrêla
No firmamento de tu'alma escura?»
E o cérebro por fim: _«Tôdas o eram...
Tôdas... e um dia sem amor morreram,
Como morre, afinal, tôda a ventura!»
Medeiros e Albuquerque (brasileiro)
(texto transcrito, tal qual a grafia original)
2 Comments:
E o cérebro por fim: _«Tôdas o eram...
Tôdas... e um dia sem amor morreram,
Como morre, afinal, tôda a ventura!»
Adorei o poema. Boa escolha Manuel. Há muita verdade nesse final.
Comentei na postagem anterior tb. Beijo meu.
O cerebro e o coração nunca estão de acordo.
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