A VIDA
Foi-se-me pouco a pouco amortecendo
a luz que nesta vida me guiava,
olhos fitos na qual até contava
ir os degraus do túmulo descendo.
Em se ela anuveando, em a não vendo
já se me a luz de tudo anuveava;
despontava ela apenas despontava
logo em minha alma a luz que ia perdendo.
Alma gémea da minha, e ingénua e pura
como os anjos do céu (se o não sonharam...)
quis mostrar-me que o bem bem pouco dura !
Não sei se me voou, se ma levaram;
nem saiba eu nunca a minha desventura
contar aos que inda em vida não choraram...
João de Deus
1830-1896
a luz que nesta vida me guiava,
olhos fitos na qual até contava
ir os degraus do túmulo descendo.
Em se ela anuveando, em a não vendo
já se me a luz de tudo anuveava;
despontava ela apenas despontava
logo em minha alma a luz que ia perdendo.
Alma gémea da minha, e ingénua e pura
como os anjos do céu (se o não sonharam...)
quis mostrar-me que o bem bem pouco dura !
Não sei se me voou, se ma levaram;
nem saiba eu nunca a minha desventura
contar aos que inda em vida não choraram...
João de Deus
1830-1896
35 Comments:
Tão triste, tão sozinho.
Um beijo
Fica bem
Temp_nua
que triste y versos llenos de melancolia
te dejo una abrazo con mucho cariño y una linda semana
besitos y cuidate
besos y sueños
HUm...interessante o poema! Não conhecia!
Triste!!
Beijinhos
:)
Hermoso...de verdad tanta belleza en tan poco espacio a veces me abruma...sin dejar de fascinarme.
Mil bikos.
hermoso, pero mucho mas bello el que has dejado en mi blog Manuel... Muchas, muchas gracias por esas palabras tan llenas de vida y dulzura. Gracias por que con ello demuestra que la calidez humana y el cariño de un amigo tienen validez en este mundo cibernético.
Te dejo besitos Manuel, deseándote un excelente inicio de semana
De uma tristeza profunda, as palavras que escolheste hoje. João de Deus, excelente poeta, e a sua forma de ver a Vida.
Bjs.
Breve paragem só para dizer que para ser mais fácil voltar vou "linká-lo" :)
Um beijinho e uma boa semana.
É tão triste este poema! Tão carregado de desalento e desilusão!
As palavras tocam-nos... É impressionante...
Beijo grande.
me gustan tus poemas. Saludos desde Miami
Olá Manuel
Gosei muito da escolha deste belíssimo poema de João de Deus.
Triste, mas comovente e intenso.
Um xi grande e fica bem
Lindo poema.
Tenha um bom dia
um poema que retrata a ausencia, a dor/tristeza de perder quem nós gostamos...
belo este poema
Ai, Manuel...tudo menos mais um poema triste pra ler. Hoje preciso ir atrás de uma boa e velha sonora gargalhada.
Beijinhos
Este poema é de uma melancolia tremenda! Belo, mas triste...
Beijinhos
Vim pela primeira vez ao teu blog, e percebi que somos quase vizinhos... :)
Gostei do que encontrei e dos versos por ti deixados neste texto...
Realmente versos bastante tristes fazendo referencia a almas perdidas, separadas pela vida, e pelo tempo...
Beijo.
Joao de Deus ... faz-me lembrar sempre a Cartilha Maternal, que meu pai guardou religiosamente toda a vida.
Beijinho grd, vizinho da minha terra natal :))
un abrazo Manuel y que estes muy bien
besitos
besos y sueños
ai.....
:o(
por favor vê se começas a ler e a dar-nos poemas mais "felizes"!??! tá?! :o)
BJss
A tristeza do olhar do grande poeta e pedagogo. Fica bem
Triste mas lindo.
Adorei o poema.
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também..
beijocassss Pequenita
Ah, o poeta do amor!!
Beijus
Palavras que elevam...
"Que as asas providentes
de anjo tutelar
te abriguem sempre à sua sombra pura!
a mim basta-me só esta ventura
de ver que me consentes
olhar de longe... olhar"!
(João de Deus)
Beijinhos com carinho
O.WILDE TIENES POEMAS MAGICOS
YO DIRIA TODOS LOS POETAS SON MAGICOS
GRACIAS MANUEL POR TUS SALUDOS EN POESIA
TE DEJO BESITOS Y QUE ESTES MUY BIEN
UN ABRAZO
BESOS Y SUEÑOS
Vim ler-te e deixar-te um beijo
Vim cá ler outravez...
Bjs*
Que gostoso presente aos que te visitam amigo Manuel. Que jeito bonito de falar:" anuveando; já se me a luz de tudo anuveava...
Ah ! E também obrigado pela sugestão que vou seguir; refiro-me a leitura do " Crime do Padre Amaro.
Aceite um abraço fraternal.
gracias por tu visita
gracias por visitarme y muy hermoso tu blog pasare mas seguido por aki, cuidate mucho
bye
Oi querido Manuel, vim te desejar um ótimo fim de semana.
Um beijo
Fica bem
Eu espero ainda ter muita vida para viver e, acima de tudo, não só, acompanhada... acho que todos tememos a solidão.... bj
Acredito na pureza, na ingenuidade, na beleza, na bondade, na verdade...rejo-me pelos mais nobres valores...mas a vida diz-me...não acredito em almas gémeas!
Que belo poema. Toca profundamente os corações. Esta é a verdadeira arte! Aquela que toca, intensa e profundamente os corações de todos. É impressionante como sa reações de cada pessoa ao ler a referida poesia e seus comentários deixam antever seu íntimo. Há os que identificam a dor de um amor perdido, com a beleza do amor que existiu. Fica a melam=ncolia, uma dorzinha que, ao ler o poema, retorna.. mas tb retorna a sensação de ter amado... e esta éa mais forte. Portanto, percebem a beleza da arte literária. Há os que percebem apenas a dor, e refutam... porque n se acostumaram a aceitação das dores da vida... que nos acompanham sempre. E a ppria leitura da dor de outrem, é uma aguda flechada, que não é aceita porque a dor da perda é maior do que o sentimento de ter amado intensamente.
Parabéns. Gostei do Blog e vou voltar.
Miriam
Você me ensinou a gostar de João de Deus.
É tão bonito! Apesar da tristeza imensa, os versos são perfeitos, são lindos.
beijos
Bom dia, encontrei este blog e adorei, tomei a liberdade de ler alguns posts e não queria deixar passar em branco esta minha passagem.... Adorei o seu blog...
um bom domingo com um sorriso
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