UM SONETO
Este soneto foi transcrito tal qual o original. Foi retirado d'um 'ALMANACH BERTRAND, 1929' página 131. O português é o da altura. Quem escreveu o soneto foi Oliva Guerra.
ASPIRAÇÃO
Quando se ama, um desejo nos invade
De encontrar a expressão, o verbo, o grito
Com que tudo que ha na alma seja dito
Num clamor que transponha a imensidade
O coração, num vôo de anciedade,
Para exprimir o que tem dentro escripto
Busca o sentido exacto do Infinito
E moldes em que attinja a Eternidade.
Porém a voz, exangue e amortecida,
Em silencios que vão além da Vida,
Queda-se inerte no seu próprio sêr.
E, murmurando apenas sons banais,
Nós sentimos que é sempre muito mais
Aquillo que nos fica por dizer.
Oliva Guerra
ASPIRAÇÃO
Quando se ama, um desejo nos invade
De encontrar a expressão, o verbo, o grito
Com que tudo que ha na alma seja dito
Num clamor que transponha a imensidade
O coração, num vôo de anciedade,
Para exprimir o que tem dentro escripto
Busca o sentido exacto do Infinito
E moldes em que attinja a Eternidade.
Porém a voz, exangue e amortecida,
Em silencios que vão além da Vida,
Queda-se inerte no seu próprio sêr.
E, murmurando apenas sons banais,
Nós sentimos que é sempre muito mais
Aquillo que nos fica por dizer.
Oliva Guerra
3 Comments:
Um belo soneto, que desconhecia por completo.
Grata pela partilha.
Bj de boa noite ;)
Começaste com um belíssimo soneto. Parabéns.
Um abraço e continua ;)
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