sexta-feira, julho 25, 2014

O FILHO PRÓDIGO

Aqui estou, Pai. Perdi-me.
Venho
de porcos grunhindo contra o sol.
     
Trago
as marcas da fome.
Como devorar sobejos
junto ao esterco?
Também lá dormi.
     
Trago na alma um pouco de sede.
     
Recebe-me como a um dos teus servos.
Podes recusar-me o cabrito e o anel.
Meu irmão não precisa queixar-se:
é dele também teu amor.
     
Deixa-me
o amor de minha mãe.
     
É por ela que vim.
     
        Armindo Trevisan 

 

8 comentários:

  1. Um poema notável de facto. De um autor que não conhecia.
    Obrigada por dar a conhecer.
    xx

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  2. Um lindo Poema !
    Obrigada pela partilha

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  3. Lindo poema, gostei de ler, aproveito e agradeço a sua visita lá no meu espaço!
    Abraços!

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  4. Con ese "aquí estoy", se muestra una entrega serena de un alma que sabe darse al igual que sabe amar humildemente.
    Gracias por tu visita a mi espacio.
    Un saludo.

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  5. retomando el camino
    el perdón y la experiencia

    gracias por tu huella
    buena jornada Manuel

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  6. Um poema muito belo e comovente...
    Abraço.

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  7. Lindo! Gostei de tua visita por lá! abraços,chica

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