domingo, novembro 01, 2015

NOVEMBRO

Fizemos o magusto na charneca
Onde o mato começa; tarde fria,
Castanhas, belo vinho na caneca,
Lume experto, excelente companhia,
Bom apetite e sede, como a breca.
          A primeira saúde quem a fez
          Foi o prior, com frases em latim;
          Houve depois mais duas ou mais três,
          Toda a roda correram, e por fim
          Chegou, naturalmente, a minha vez.
Na caneca peguei; mas como penso
A toda a hora em ti, que me acompanhas,
Fui obrigado a recorrer ao lenço:
Não sei se me engasgaram as castanhas
Ou se a lembrança d'este amor imenso.
          
                  Acácio de Paiva

9 comentários:

  1. Não conhecia. Mas gostei. Até porque nunca pensei que um poema de amor se enquadrasse no magusto
    Um abraço e bom domingo

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  2. O que é incrível é que sempre aqui encontro muitos poemas que desconheço!
    Eu cheira a castanhas e a um amor imenso! :-)
    Belas escolhas, sempre, Manuel!
    xx

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  3. Son hermosas tus letras.
    Un abrazo y muchas gracias

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  4. Excelente magusto. Um pretexto para um belo poema de amor...
    Beijo.

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  5. Um magusto feito com amor!!

    Gostei muito do ritmo dado ao poema, e no humor subtil que se sente em cada verso...

    Abraço!

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  6. Pois é uma boa conciliação: amor e castanhas.
    Gostei.
    Desejo-lhe um bom fim de semana.
    Irene Alves

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  7. Um poema muito bem rimado e tão adequado ao dia de hoje.

    Gostei imenso

    Que a semana continue a correr bem

    Bjinho da Gota

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  9. castanhas quentinhas...assim deve ser o amor :)
    Gostei
    Brisas doces *

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