domingo, abril 10, 2016

CASA ONDE EU NASCI

Era minha esta casa... Eu a conheço...
Janelas amplas... larga porta... a escada
por onde, em pensamento, agora desço
para ir sonhar à sombra da latada.

O laranjal cheiroso, o mato espesso...
o poço onde era a roupa bem lavada.
No pátio, bem no centro, eu não me esqueço,
a amendoeira por meu pai plantada.

Dava guarda ao portão um jasmineiro
que de flor se vestia o ano inteiro
e hoje está triste e velho como eu.

Casa velha! Deixaste de ser minha...
Assim, tudo que amei, tudo que eu tinha,
deixou, há muito tempo, de ser meu!

    
Lilinha Fernandes

19 comentários:

  1. Gostei. Mas uma poetisa para eu pesquisar, pois não conhecia.
    Um abraço e bom Domingo

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  2. e bom imaginar as coisas como eram... mas e pena quando deixam de ser nossas

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  3. e por aí, tb.

    e a vida faz-se de recordações.

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  4. Um soneto magistralmente belo de Lilinha Fernandes. Obrigada por dar a conhecer.
    Beijo.

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  5. Olá.

    Ahhh!!! Fica a recordação...

    Beijinho doce

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  6. Sempre excelentes escolhas.
    Meu amigo, recebi um prémio que circula na net e venho partilhá-lo consigo. A importância não está no prémio em si, mas sim no que ele representa, a criatividade, imaginação, inspiração, bem como as horas e dedicação que cada um, dedica aos seus blogues deixando neles um pouco de si.
    Provavelmente já recebeu de outros amigos esta recomendação, mas fica também aqui o meu reconhecimento pelo mérito do seu blogue.
    Um abraço
    Maria

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  7. Fez-me lembrar da casa de meu avô materno, em Minas Gerais. Ficou para trás, hoje são só lembranças.

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  8. um soneto muito belo, a lembrar tanta coisa que me assola...
    vou pesquisar a Lilinha Fernandes.
    abraço

    :)

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  9. Muito bonito! Casa é onde nos sentimos bem.
    Abraço

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  10. Gracias amigo por tu comentario ...
    aquí tienes unos hermosos versos pero del todo no lo comprendí
    feliz fin de semana
    abrazos

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  11. Really beautiful beautiful poem!!Makes me dream back to my native town in spain again.thank you!!

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  12. Ora. Também passeio por aqui.
    Belos poemas.
    Felicidade a todos nós.

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  13. Tão bonito e singelo este poema. Adorei ler.

    Bjs

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  14. Muito lindo. Com o tempo, vamos perdendo tudo aquilo que um dia pensamos que seria eterno. Eu sei do que falo...

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  15. Es una preciosidad este soneto: abraza la nostalgia de un pasado que no vuelve.

    Ha sido un placer pasar por este bello rincón poético.
    Te dejo mi gratitud y estima.
    Un beso y feliz domingo.

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  16. Excelente escolha :) Como sempre! Beijinhos

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  17. E como dói ver o que tanto nos preencheu , ser como que o nosso próprio abandono !
    Belíssimo
    Beijinhos

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