sábado, fevereiro 08, 2014

REFLEXÃO

Quanto mais me interrogo, dou comigo
A negar a resposta ao que pergunto.
No pouco da verdade que persigo
O pouco é quase muito.
    
No instante em que resumo a vida inteira
Vejo com mágoa a terra semeada:
No tudo que colhi da sementeira
O tudo é quase nada.
    
Se me lanço no mar, bebo coragem
No turbilhão de espuma: não rejeito
A minha condição de ser a imagem
Do náufrago perfeito.
    
E por isso resisto às ondas bravas:
Não é branca a bandeira que eu agito.
No silêncio da noite sem palavras
O silêncio é um grito.
    
É som que me magoa e me deslumbra:
Tinge de esperança a noite enegrecida.
Na morte que cintila na penumbra
A morte é quase vida.
    
                Fernando Vieira

4 comentários:

  1. muito obrigada, parece que a felicidade voltou :)
    "negar ao que me pergunto" adoro

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  2. Je te souhaite une belle soirée
    J'espère que tu va bien bise

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  3. OLÁ MANUEL

    Obrigado pela partilha de

    tão belas palavras.

    Obrigado pelo seu Olhar!

    teve início o meu "ano sabático"
    veremos se consigo
    ter mais algum tempo
    para visitar os blogues
    dos amigos;

    no "Momentos Perfeitos"
    faço uma retrospectiva de 2013,

    alguém que visitou
    deixou este comentário:
    agradecer a Deus o melhor momento de 2013 é por si só um ato de humildade superior!

    é bom ler aquilo que nos enche a alma

    E a cada passo que dou
    uma nova surpresa.

    Criei um novo espaço denominado "Ano Sabático" se quiser espreitar

    Ando encontrando coisas lindas pelo caminho...
    E há quem chame isso de sorte ou de destino.

    Um beijo.

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  4. (•̃‿•̃) Bonjour Manuel !!!

    MERCI pour ce beau partage !
    Grosses bises et bonne continuation !!!

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